Foto: Divulgação
Rios transbordando, casas e pistas invadidas pela água, deslizamentos de terra, desmoronamentos, árvores caídas. Foi assim a quinta-feira (21) dos moradores de Salvador e do interior da Bahia. Pelo terceiro dia seguido, a travessia Salvador-Mar Grande esteve suspensa devido ao mau tempo no entorno da Baía de Todos-os-Santos.
Na capital, ao dia começou com parte da avenida Luís Viana Filho (popularmente conhecida como avenida Paralela), alagada. Uma lagoa nas proximidades do Shopping Paralela, do lado oposto, transbordou devido ao grande acumulado de água da chuva e invadiu a via. Em diversos outros pontos da cidade também houve muito estrago provocado pela chuva. Regiões como Imbuí, Calçada, Ribeira, Parque Bela Vista, Brotas e Sete Porta ficaram com ruas alagadas, com a água cobrindo as calçadas.
Tem chovido forte ao longo de quase todo o mês de maio. Sirenes de alerta para evacuação, que anteriormente haviam sido acionadas pela Defesa Civil de Salvador (Codesal), voltaram tocar ontem. O sistema de alarme soou novamente em Sete de abril e Castelo Branco. Com isso, destaca o diretor-geral da Codesal, a recomendação da Prefeitura é que os moradores de tais regiões deixem suas casas e sigam em direção a pontos de acolhimento, devido ao grande risco de deslizamento de terra por conta dos acumulados de água que chegaram a mais de 150mm.
Até as 17h45 de ontem, o órgão havia registrado 88 solicitações de emergência da população, por meio do telefone gratuito 199. Entre eles 107 deslizamentos de terra, 74 ameaças de desabamento, 69 ameaças deslizamentos, 26 imóveis alagados, quatro árvores caídas e 14 ameaçando cair. Houve ainda registros 23 infiltrações, seis desabamentos de imóvel, quatro desabamento de muro e dois destelhamentos.
Interior
Muita chuva também na região metropolitana e em diversas cidades do interior da Bahia. Em Cardeal da Silva, o rio Inhambupe transbordou, deixando pelo menos mil pessoas desabrigadas já durante a madrugada. O mesmo ocorreu no município de Conde, no rio Itapicuru, que corta o município. Por conta da chuva, o rio transbordou e deixou os moradores da cidade ilhados, deixando cerca de 40 famílias desabrigadas.
Em Simões Filho, mesmo debaixo de chuva, moradores do quilombo e da comunidade próxima a Barragem Rio dos Macacos protestam, com máscaras e afastados, pedindo intervenções na região para que não ocorra o que ocorreu em Cardeal. Eles temem que a barragem rompe, visto que já apresenta uma rachadura de 14 metros. As informações são do jornal Tribuna da Bahia.