Aliados de Bruno Reis (União) dizem que o prefeito de Salvador está ciente de que terá muitos obstáculos para aprovar projetos na comissão mais relevante da Câmara de Vereadores, e o envio da revisão do PDDU (Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano), que poderia acontecer este ano, pode ser adiado.
Segundo correligionários ouvidos, os dias difíceis de Bruno Reis começaram quando houve um impasse sobre quem comandaria a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. A disputa entre os vereadores Paulo Magalhães Júnior e Cláudio Tinoco, ambos do União, se acirrou e encerrou com o prefeito chateado com a postura do primo de ACM Neto.
De acordo com os vereadores, Tinoco tentou costurar um acordo com Paulo Magalhães sobre a presidência da CCJ, mas o adversário sequer atendeu às ligações. Inclusive, o próprio Bruno Reis teria tentado falar com o aliado e não conseguiu. O certo é que o presidente da Câmara de Vereadores, Carlos Muniz (PTB), acabou decidindo que Paulo Magalhães chefiaria a comissão. O que levanta a suspeita de que houve um acordo entre eles nos bastidores.
Além de não ter um presidente na CCJ com que possa contar para todas as horas, Bruno Reis terá mais três vereadores oposicionistas: Suíca (PT), Edvaldo Brito (PSD) e Henrique Carballal (PDT). São necessários quatro votos para aprovar qualquer matéria. O governo hoje teria o apoio certo de Téo Sena (União) e de Júlio Santos (Republicanos), já que Alexandre Aleluia (PL) também é dúvida se Bruno Reis pode ou não contar na votação das matérias.
A revisão do PDDU obrigatoriamente tem que ser enviada pelo Executivo municipal até o próximo ano.
Metro 1