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O bloqueio de perfis bolsonaristas nas redes sociais por determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito das fake news é restrito ao território nacional.
Ao serem acessadas do Brasil, as contas no Twitter exibem aviso que informa que a conta foi retida em resposta a uma determinação legal. No entanto, ao modificarem as configurações de suas contas, os apoiadores de Jair Bolsonaro já estavam tuitando nesta sexta (24) e atacando o próprio ministro.
A ativista Sara Giromini, conhecida como Sara Winter, líder de um grupo armado de extrema direita, chamou Moraes de “cabeça de piroca” e “ditador de merda” em sua conta bloqueada para o Brasil. Ela foi presa em junho em operação do inquérito dos atos antidemocráticos, também sob relatoria do ministro. Na ocasião, disse que infernizaria a vida dele.
Outro que foi alvo do bloqueio, o jornalista Bernardo Küster divulgou um passo a passo de como alterar as configurações da conta para fora do país e continuar utilizando. Perfis com localização fora do Brasil conseguem visualizar essas contas ocultadas pela decisão de Moraes.
Por meio de nota, o Twitter afirmou que quando recebe “uma solicitação válida e adequadamente definida de uma entidade autorizada, pode precisar reter o acesso a determinados conteúdos em um país específico”.
Na Procuradoria-Geral da República, a decisão do ministro foi considerada exagerada. Moraes subiu o tom com as redes sociais e impôs multa de R$ 20 mil para o não cumprimento. A ordem é de maio, mas foi reiterada na quarta (22).
As informações são da Folha de São Paulo