Ato público em apoio a Ireuda lota Plenário Cosme de Farias

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Solidariedade e luta contra o machismo e o racismo deram o tom do ato público de repúdio às agressões sofridas pela vereadora Ireuda Silva (Republicanos) no último dia 12 de junho, após a votação do reajuste de 8% para os profissionais da Educação. O evento, ocorrido na tarde de segunda-feira (3), lotou o Plenário Cosme de Farias de apoiadores, parlamentares e autoridades de todo o Brasil.

A senadora e ex-ministra Damares Alves (Republicanos), a ex-ministra Cristiane Britto e os deputados federais Márcio Marinho e Rogéria Santos, ambos do Republicanos, foram alguns dos que compuseram a mesa.

Em entrevista à imprensa no local, Ireuda relembrou as agressões. “Um homem colocou o dedo na minha cara várias vezes. Para isso sair da minha cabeça, precisei de apoio”, ressaltou. “Me incomodou muito aquele homem colocando o dedo na minha cara e perguntando ‘como você votou?’. Depois, ele segue para as redes sociais e afirma que os candidatos do Republicanos, que pertencem à Igreja Universal, são incapazes. As pessoas dizem ‘isso não deve te afetar’, mas afeta”, acrescentou.

Para a senadora Damares Alves, a violência política contra a mulher pode atingir todas e tem afastado a mulher da política. “Mulher negra, mesmo estando em um lugar de poder e de decisão, mesmo sendo uma autoridade, tem sido, no Brasil, infelizmente, vítima de preconceito, racismo, discriminação e violência política. Não vamos mais tolerar isso”, avaliou Damares.

Para o deputado federal Márcio Marinho, presidente estadual do Republicanos, o Brasil não pode mais aceitar esse tipo de ocorrência. “Ela estava no exercício pleno do seu mandato. E ela sofre discriminação e violência. Isso tem que ser pontuado, e é isso que estamos fazendo hoje na Câmara Municipal de Salvador. As mulheres estão aqui pontuando que no Brasil não há mais espaço para esse tipo de atitude em canto nenhum, seja com a mulher, seja com o negro ou com o idoso. Não podemos aceitar de forma alguma”, disse Marinho.

A vice-prefeita de Salvador, Ana Paula Matos, destacou a trajetória de Ireuda no combate às violências de diversos tipos. “E acaba ela sofrendo um episódio doloroso. Estou aqui para prestar solidariedade a ela. Nesse momento, as mulheres têm que se juntar. Ireuda é uma mulher de causa, e todas as políticas de combate à violência nessa cidade têm o dedo de Ireuda”, pontuou.

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