Pré-candidato ao governo da Bahia, o ex-prefeito soteropolitano ACM Neto (União Brasil) tem se articulado para ter o apoio do PP nas eleições. O partido do vice-governador João Leão está com a relação estremecida na base governista após saber que o governador Rui Costa (PT) não renunciará para ser candidato a senador. A renúncia beneficiaria Leão que assumiria o comando do governo.
A um interlocutor, Neto disse que é “grande” a chance do PP migrar para sua base política, e apoiá-lo na disputa ao Palácio de Ondina. Os pepistas têm evitado a falar sobre um possível rompimento com a base petista. “Por enquanto, nada a declarar”, diz o presidente nacional do PP, Cláudio Cajado, em entrevista à reportagem.
O PP vinha ameaçando romper com o grupo de Rui se o vice-governador João Leão (PP) não assumisse o governo. Anteontem, entrevista à rádio Metrópole, o senador Jaques Wagner (PT) disse que Rui não renunciará e permanecerá até o fim do mandato. O que acaba com as chances de Leão sentar na cadeira de governador.
“Comuniquei ao governador Rui Costa que não manteria minha candidatura e que a gente tinha que montar uma estratégia. Tenho a convicção de que iremos vencer novamente na Bahia. Hoje, o PT tem três nomes: Jerônimo Rodrigues, o secretário de Educação; Luiz Caetano, o secretário de Relações Institucionais; e Moema Gramacho, prefeita de Lauro de Freitas. São três bons nomes, sendo dois já muito testados eleitoralmente e um que tem muito sucesso com tudo o que pega para fazer. Rui entendeu a importância de ficar na cadeira até o final e vamos conversar novamente com o Lula”, disse Wagner.
Tribuna da Bahia