A noite de São João no distrito de Nova Alegria, em Itamaraju, no extremo sul da Bahia, virou razão de uma rusga política entre o deputado estadual Matheus Ferreira (MDB), que é é filho do vice-governador Geraldo Júnior (MDB), e o prefeito daquela cidade, Marcelo Angênica (PSDB).
Ferreira diz que o prefeito interrompeu a apresentação do cantor Sandro Lúcio no local porque a atração não havia sido contratada pela prefeitura, e sim com recursos do Governo do Estado. Em nota de repúdio publicada em suas redes sociais, o emedebista afirmou que o prefeito teve “postura antidemocrática e desrespeitosa”.
“Como deputado estadual representante do povo deste município, em especial, do distrito de Nova Alegria, ressalto que o referido artista foi contratado para se apresentar através da Superintendência de Fomento ao Turismo (Sufotur), por meio recursos oriundos de uma emenda Impositiva apresentada através do nosso mandato e do deputado federal Valmir Assunção”.
Também nas redes sociais, o secretário de Esportes e Cultura de Itamaraju, Gustavo Souto, disse em vídeo que a festa foi promovida pelo município, e que o prefeito sequer estava no local no momento citado.
“Para surpresa nossa, no domingo encostou uma carreta de som, aquelas carretas-palco, de frente ao nosso palco e depois foi informado que teria o show do cantor Sandro Lúcio lá no distrito. A gente foi pego de surpresa, a gente não sabia. Para contornar essa situação, porque o cantor Sandro Lúcio não tinha autorização de fazer o show lá, porque a gente já tinha programado outros shows lá no distrito, a gente decidiu ceder horário da programação para ele. Ele tocou no nosso palco”, afirmou.
Segundo ele, o impasse teria acontecido porque o show do cantor deveria ser de uma hora e meia em função das atrações que ainda se apresentariam na sequência.
“Estão falando de perseguição, como perseguição se a gente liberou nosso palco, nosso som, toda estrutura para o cantor Sandro Lúcio? Ele cantou uma hora e meia, fez o show dele”, argumentou o secretário.
“Ninguém expulsou ele do palco, só foi passado que ele deveria cumprir o horário porque tinha outras bandas para tocar […] o prefeito nem lá estava para estar expulsando ele de cima do palco”, completou. (Política Livre)