Em entrevista à imprensa após a sessão ordinária da Câmara Municipal de Salvador (CMS), na quarta-feira (1º), o líder do governo na Casa, vereador Kiki Bispo (União Brasil), falou sobre o envio do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026 pelo Executivo municipal. De acordo com o edil, a proposta prevê uma arrecadação estimada em R$ 14 bilhões no próximo ano.
“O orçamento foi encaminhado. A estimativa é que a arrecadação chegue a R$ 14 bilhões. Salvador vive um novo momento. Mudamos o paradigma das finanças do município. Antigamente, o IPTU era a maior receita da cidade. Hoje, o ISS, que vem dos serviços, já ultrapassou o IPTU com folga”, afirmou.
Ainda de acordo com Kiki, que esse cenário reflete o desenvolvimento econômico da capital baiana. “Isso mostra, de forma clara, que a cidade está crescendo, está se desenvolvendo e a arrecadação vem junto. Quando você tem esse crescimento, a cidade ganha com isso: gera emprego, renda e oportunidades. Salvador caminha a passos largos para sair do estado de pobreza que ainda enfrentamos, mas que estamos superando”, finalizou.
A Prefeitura de Salvador encaminhou na última terça-feira (30) à Câmara Municipal o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para 2026, documento que define a previsão de receitas e a fixação das despesas da capital baiana no próximo exercício. O orçamento projetado é de R$14,9 bilhões, valor 18,8% superior ao de 2025, resultado do esforço de arrecadação e do equilíbrio fiscal da gestão municipal.
Na mensagem, o prefeito Bruno Reis afirma que a proposta foi construída levando em conta os cenários nacional e internacional, mas sem abrir mão de investimentos estruturantes capazes de gerar emprego e renda, melhorar os serviços públicos e reduzir desigualdades sociais. “Estamos enviando uma peça orçamentária que traduz prudência nas estimativas de receita, responsabilidade fiscal e, ao mesmo tempo, ousadia nas propostas de investimento. Nosso compromisso é manter Salvador em rota de crescimento, com mais infraestrutura, serviços de qualidade e inclusão social”, afirmou o prefeito.
Do total previsto, R$5,9 bilhões serão destinados às áreas de Educação e Saúde, que juntas representam 39% do orçamento. A Secretaria de Ordem Pública receberá R$1,3 bilhão, com destaque para os serviços de limpeza urbana, orçados em R$775 milhões, e de iluminação pública, com R$234,7 milhões. Já a Secretaria de Infraestrutura e Obras Públicas contará com R$902,3 milhões, enquanto ações de mobilidade, manutenção da cidade, meio ambiente e defesa civil somam R$1,6 bilhão.