Outubro Rosa: Ireuda Silva alerta para desigualdades no acesso à saúde

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A campanha Outubro Rosa, dedicada à conscientização sobre o câncer de mama, ganhou destaque nesta semana. A vereadora Ireuda Silva (Republicanos), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, reforçou a necessidade de ampliar políticas públicas de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento da doença, que ainda é a principal causa de morte por câncer entre mulheres no Brasil.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o país deve registrar cerca de 74 mil novos casos de câncer de mama por ano até 2025, o que corresponde a uma taxa de incidência de 41,89 casos por 100 mil mulheres. Apesar dos avanços no diagnóstico e no tratamento, a desigualdade racial e social segue sendo um obstáculo. Estudos apontam que mulheres negras enfrentam mais dificuldades de acesso a exames e apresentam índices maiores de mortalidade — reflexo do racismo estrutural que também atravessa a área da saúde.

“Precisamos garantir que todas as mulheres, independentemente de classe social ou cor da pele, tenham acesso rápido à mamografia, ao acompanhamento médico e ao tratamento adequado. Prevenir é salvar vidas, mas também é combater desigualdades”, afirmou Ireuda, que também é vice-presidente da Comissão de Reparação.

A vereadora ressaltou ainda que, segundo o Ministério da Saúde, apenas 36% das brasileiras entre 50 e 69 anos realizaram mamografia nos últimos dois anos, número abaixo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “É urgente ampliar campanhas de informação e fortalecer a rede pública, especialmente nos bairros periféricos de Salvador, onde as dificuldades são ainda maiores”, destacou.

Ireuda concluiu lembrando que o Outubro Rosa deve ser mais do que um mês de mobilização. “É um chamado para o ano inteiro, para que mulheres cuidem da sua saúde e para que o poder público assuma sua responsabilidade em garantir acesso universal e igualitário.”

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