O presidente Lula recebeu quatro ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) para um jantar na terça (14), no Palácio da Alvorada, mas manteve o mistério sobre quem ele indicará para a vaga de Luís Roberto Barroso no tribunal. O magistrado anunciou na semana passada que vai se aposentar.
Ao contrário do que alguns ministros esperavam, o petista não deu indicações claras sobre o nome que deve enviar ao Senado, que precisa aprovar a escolha do presidente. Não afirmou sequer se já tinha uma decisão tomada.
Afirmou apenas que estava “definindo” o nome e que os magistrados poderiam ficar “tranquilos”. “Será uma boa escolha. Vocês vão gostar”, disse ainda, segundo relatos.
Estavam no encontro os ministros Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin e Flávio Dino, além do ministro da Justiça de Lula, Ricardo Lewandowski, e do chefe da Casa Civil do governo, Rui Costa.
O preferido dos magistrados para substituir Barroso é o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Mas o advogado-geral da União, Jorge Messias, tem apoio do PT e de ministros de Lula, e desponta como favorito.
Diante da fala de Lula, os ministros do Supremo também fizeram considerações.
Os magistrados ponderaram que o país enfrenta uma realidade preocupante, citaram dados e afirmaram que um “nome fraco” para o STF pode debilitar a Corte.
Segundo ainda relatos, eles não citaram claramente que Pacheco é o nome preferido do grupo. Mas isso nem seria necessário.
Pacheco tem também o apoio enfático do presidente do Senado, Davi Alcolumbre.
Lula, no entanto, teria uma preferência por Messias, e simpatia pelo presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas.
Mônica Bergamo/Folhapress