O prefeito de Salvador, Bruno Reis, criticou duramente o governo federal e a gestão do PT na Bahia ao comentar o aumento no preço dos alimentos. A capital baiana tem atualmente a cesta básica mais cara do Brasil.
“Quando a gente junta o que Lula fala, o que Rui Costa fala e o que Jerônimo fala, é um show de horrores. Infelizmente, não é só a cesta básica mais cara do Brasil, mas é o combustível mais caro do Brasil, consequência das decisões do governo”, afirmou Bruno.
Ele destacou que o ICMS, imposto estadual que incide sobre produtos e serviços, subiu de 17% para 20,5% desde que o PT assumiu o governo da Bahia. “O primeiro governo do PT aumentou 1%, o segundo aumentou mais 1% e ele [Jerônimo] já aumentou 1,5%. Semana passada aumentaram em 6% o ICMS do combustível, penalizando a população que pega transporte público e todo cidadão que usa seus veículos”, disse.
Bruno também criticou a falta de contrapartidas em áreas essenciais. “É o estado campeão na alta dos impostos e campeão nas mazelas: pior educação, pior saúde, pior segurança, mais pessoas abaixo da linha da pobreza. Infelizmente, o que falta a eles é sensibilidade para entender que precisa cortar gastos, conter despesas e diminuir a pressão sobre a inflação”, afirmou.
O prefeito relacionou a queda de popularidade do presidente Lula ao aumento da inflação. “Foi prometido às pessoas que poderiam comer picanha e beber cerveja, e hoje não podem chupar laranja, tomar café, nem comer ovo”, completou.
Enquanto isso, o Piauí adotou medidas para aliviar o impacto do custo de vida. Desde 1º de janeiro, o estado isentou do ICMS itens como feijão, arroz, óleo, ovos, verduras e frutas. O secretário da Fazenda do Piauí, Emílio Júnior, afirmou que a iniciativa contribui para o “alívio das famílias que mais precisam”.
O preço dos ovos teve um aumento expressivo nos últimos dias, impactando consumidores e comerciantes. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (USP), a alta começou na segunda quinzena de janeiro, impulsionada pelo crescimento da demanda e pela oferta limitada.