Festival Internacional Salvador Cidade da Música celebra 10 anos do título da Unesco com shows, formações e intercâmbio cultural

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Salvador se prepara para viver uma grande celebração musical entre os dias 25 e 27 de outubro, quando o Distrito Criativo do Comércio se transforma em um imenso palco para a primeira edição do Festival Internacional Salvador Cidade da Música — evento que marca os dez anos do título de Cidade Criativa da Música, concedido pela Unesco. Entre as atrações está a Orquestra Afrosinfônica, que recebe nomes como Carlinhos Brown, Ilê Aiyê, Mariene de Castro e Olodum. O evento, que acontece durante o Mês Internacional da Música, também conta com apresentações de artistas de cidades da Rede de Cidades Criativas da Unesco, como Valparaíso (Chile), Kingston (Jamaica) e Recife (Brasil), reforçando o intercâmbio e a cooperação cultural.

Realizado pela Prefeitura Municipal de Salvador, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), o festival nasce com o propósito de ampliar e fortalecer as conexões entre as cidades da Rede de Cidades Criativas da Unesco, promovendo intercâmbio, diversidade e cooperação entre artistas, instituições e públicos.

“Salvador sempre foi reconhecida por sua riqueza musical. Com o título de Cidade da Música, assumimos o compromisso institucional de cuidar, investir e planejar políticas públicas baseadas nesse potencial criativo”, destaca Ana Paula Matos, vice-prefeita e secretária de Cultura e Turismo.

O ponto alto da programação acontece no dia 26 de outubro, na Avenida França (Comércio), em frente ao Doca 1, com o espetáculo Salvador Cidade da Música, comandado pela Orquestra Afrosinfônica sob direção artística do maestro Ubiratan Marques. O show inédito reúne Carlinhos Brown, Ilê Aiyê, Gerônimo Santana, Olodum, Sued Nunes, Nem Cardoso (Samba Junino), Samba Santo Amaro, Roberto Mendes, Seko Bass (BaianaSystem) e Mariene de Castro.

Construído como um percurso histórico-musical, o espetáculo revisita diferentes momentos da música da capital soteropolitana, ressaltando sua diversidade, potência criativa e impacto cultural. “Estamos fazendo um recorte dos movimentos que deram fundamento para diversos segmentos da música de Salvador e da Bahia. O show é uma homenagem à cidade a partir da música”, afirma o maestro Ubiratan Marques.

Antes do grande show, o palco principal recebe artistas das cidades convidadas da Rede Unesco. O Carnaval de Recife apresenta Lucas dos Prazeres, multi-instrumentista que traduz a energia percussiva pernambucana. De Valparaíso, a cantora Mora Lucay traz seu pop-latino autoral com raízes andinas representando o Festival Popular da cidade chilena, enquanto a delegação de Kingston — com Ministério Público, Oku Onuora e Jaime Hinckson — apresenta uma celebração do reggae jamaicano e de sua ligação histórica com a cultura afro-baiana.

O palco alternativo amplia a diversidade do festival ao receber o projeto Global Artivism, que apresenta o ALTBLK >> Africa — coletivo que reúne artistas independentes de diferentes países africanos e da diáspora em uma teia de música, cultura e cuidado. O palco também conta com shows de Udi e do Samba de Roda de Tubarão, artistas acelerados pelo programa Boca de Brasa, da Fundação Gregório de Mattos. Completando a programação, um Cortejo de Carrinhos de Café Multimídia celebra um dos símbolos mais tradicionais da cultura soteropolitana.

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