A taxa de desocupação no Brasil caiu para 5,4% no trimestre encerrado em outubro de 2025, segundo a Pnad Contínua do IBGE. É o menor patamar da série histórica iniciada em 2012, refletindo um mercado de trabalho mais aquecido. Em relação ao trimestre anterior (5,6%), houve queda de 0,2 ponto percentual. Na comparação anual, o recuo foi mais expressivo: 0,7 p.p.
O número de pessoas desocupadas também atingiu o menor nível da série, somando 5,91 milhões, uma redução de 3,4% no trimestre e de 11,8% em 12 meses. A população ocupada permaneceu estável em 102,5 milhões, mantendo-se em patamar recorde. O destaque foi o número de empregados com carteira assinada, que chegou a 39,182 milhões, novo recorde.
Segundo o IBGE, a continuidade do alto volume de pessoas ocupadas tem reduzido a pressão por novas vagas, contribuindo para a queda sustentada do desemprego.
Dívida pública volta a subir em outubro, mas governo registra superávit
A dívida pública bruta do Brasil atingiu 78,6% do PIB (Produto Interno Bruto) em outubro, segundo dados do Banco Central. O número representa uma leve alta em relação a setembro (78,1%) e reflete o impacto do pagamento de juros, da desvalorização do real frente ao dólar e do crescimento econômico ainda limitado.
Apesar do aumento da dívida, o resultado primário do governo foi positivo: houve superávit de R$ 32,4 bilhões, ou seja, a arrecadação superou os gastos antes dos pagamentos de juros. A cifra ficou ligeiramente abaixo das projeções do mercado, que estimavam R$ 33,5 bilhões de superávit.