A cúpula do Congresso Nacional e partidos do Centrão rejeitaram a pressão de aliados de Jair Bolsonaro por anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro e por medidas contra o Supremo Tribunal Federal (STF).
A ofensiva bolsonarista, articulada após reunião com o ex-presidente, inclui uma lista de projetos como a anistia, mudanças na Lei do Impeachment e uma PEC que restringe o foro privilegiado. No entanto, líderes partidários e até setores do próprio PL consideram as propostas inviáveis e criticam o movimento por desrespeitar o recesso parlamentar e gerar desgaste institucional. A reportagem é do jornal “O Globo”.
Mesmo durante o recesso, parlamentares bolsonaristas permaneceram em Brasília, tentando convocar sessões e pressionando para que o Congresso interrompesse a pausa — o que foi rejeitado pelos presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre.
Deputados contrários ao movimento destacaram que há agendas programadas e que iniciativas como essas visam mais repercussão pública do que resultados concretos. A tentativa de Eduardo Bolsonaro de evitar a perda do mandato por faltas, estando nos EUA, também enfrenta barreiras legais e políticas, sem soluções viáveis no horizonte.
O Centrão e partidos de centro afirmam que as propostas são politicamente desgastadas e juridicamente frágeis. Lideranças como Isnaldo Bulhões (MDB) ironizaram a ofensiva bolsonarista, dizendo que ela só é levada a sério por Bolsonaro e seus aliados mais radicais. Até mesmo dentro do PL há divisões, com parlamentares como Antonio Carlos Rodrigues rejeitando as pautas e criticando o uso político do recesso. A avaliação geral no Congresso é de que essas iniciativas não têm apoio suficiente para prosperar.