O prefeito Bruno Reis (União Brasil) disse que o União Brasil, na prática, nunca fez parte da equipe do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A declaração foi dada durante entrevista à imprensa, nesta quinta-feira (4), ocasião na qual realizou a entrega de novas unidades habitacionais e de um Ecoponto no Mané Dendê, no subúrbio ferroviário de Salvador.
“Tanto eu quanto ACM Neto defendemos que o União Brasil não deveria fazer parte do governo. De um governo que nós não participamos da construção da vitória. A gente só participa de governo que ajuda a construir a vitória. Então, a posição de Neto é a mesma desde sempre”, disse o gestor municipal. De acordo com Bruno, tanto ele quanto seu antecessor, ACM Neto (União Brasil), defendem que o partido não deveria integrar a base do governo federal.
Segundo o prefeito, a formação da União Progressista, em parceria com o PP, é resultado do “péssimo desempenho” da atual gestão. Ele acrescentou que a nova federação nasce do movimento de filiados do PP descontentes com os rumos escolhidos pelo governo Lula. “Diante do péssimo desempenho do governo, a gente está vendo aí os demais, que eram maioria, se convenceram. E aí, aqueles que se tornaram minoria permitiram que prevalecesse a tese que nós sempre defendemos. Então, estamos mantendo a nossa coerência política, a nossa posição, que não é de agora, é desde sempre. E que não deveria nem sequer ter assumido”, completou.
O prefeito também ressaltou que o desembarque de seu partido da base governista decorre daquilo que ele considera ineficiência da gestão petista. “É um governo ineficiente, sem entregas, muito pior que os passados, que só fez estimular o radicalismo, sem capacidade de pacificar o país”, declarou.
Questionado sobre uma possível ligação entre o desembarque dos partidos e um eventual apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Bruno rechaçou a ideia e disse que se trata de uma narrativa construída por parte da imprensa.