‘Justiça que escolhe alvo não é Justiça’, diz Capitão Alden sobre operação Galho Fraco

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O deputado federal Capitão Alden (PL-BA), vice-líder da Oposição na Câmara dos Deputados, comentou, nesta sexta-feira (19), a deflagração da operação Galho Fraco, da Polícia Federal (PF), que tem como objetivo aprofundar as investigações sobre um suposto esquema de desvio de recursos públicos oriundos de cotas parlamentares.

A ação cumpriu mandados de busca e apreensão contra os deputados Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do partido na Câmara, e Carlos Jordy (PL-RJ), apontados como suspeitos de direcionar verbas públicas para empresas de fachada, entre elas uma locadora de veículos.

Em nota enviada à imprensa, Alden afirmou que a sequência dos fatos chama atenção para o contexto político das diligências. “Em poucos dias, surgiram recados cruzados no topo do poder. André Mendonça autorizou diligência contra Weverton Rocha, aliado de Flávio Dino. Pouco depois, Flávio Dino enviou a Polícia Federal à casa de Sóstenes Cavalcante, aliado de Mendonça”, disse.

O parlamentar baiano também lembrou que a operação alcançou o deputado Carlos Jordy pela segunda vez. “No mesmo roteiro, a PF cumpriu busca na casa do deputado Carlos Jordy pela segunda vez, justamente no dia do aniversário da filha. Chamar isso de detalhe é fechar os olhos para um timing claramente calculado”, afirmou.

Segundo Alden, medidas de busca e apreensão têm sido utilizadas de forma recorrente. “Busca e apreensão virou espetáculo, instrumento de pressão política e punição antecipada”, declarou. Em sua avaliação, é necessário observar o critério adotado nas investigações. “Não se trata de condenar ninguém. Trata-se de critério. Justiça que escolhe alvo não é Justiça. É instrumento de poder. Não é coincidência. É método”, concluiu Alden.

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