Secretário municipal da Educação falta à reunião e gera tensão na Câmara de Salvador

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A ausência do secretário municipal da Educação, Thiago Dantas, em reunião que seria realizada entre a APLB Sindicato e os vereadores nesta segunda-feira (15) gerou um clima de tensão na sessão ordinária da Câmara Municipal de Salvador (CMS).

Logo após a Tribuna Popular, o presidente da Casa, vereador Carlos Muniz (PSDB), foi informado pelo líder do governo, Kiki Bispo (União Brasil), de que a reunião aconteceria com o secretário de Gestão, Alexandre Tinoco, em função de uma viagem do titular da Educação. No entanto, o vereador Ricardo Almeida (DC) fez um requerimento para que a reunião fosse adiada, ao ressaltar a importância da presença de Dantas para esclarecer pontos do projeto do Executivo que trata do acordo realizado com os professores da capital.

“O secretário da Educação viria a esta Casa explicar os pontos do projeto com a presença da APLB. Isso foi uma exigência dos líderes partidários da Casa, portanto, dos 43 vereadores. Então, o secretário [Alexandre] Tinoco será muito bem-vindo, pois também está aqui para trazer explicações. Porém, no dia 22 de maio, tivemos problemas para apreciação do projeto. Teve uma incompreensão por parte da APLB, que jogou no colo do secretário Thiago Dantas a responsabilidade de fazer um projeto em desacordo com a entidade. Por isso, solicitamos a presença do secretário, a fim de que essas dúvidas não permaneçam e não se repita o ocorrido em 22 de maio. Eu acredito que não devemos abrir mão da vinda do secretário nesta casa”, declarou Almeida.

O pedido do edil, que integra a Mesa Diretora, acabou forçando o presidente Carlos Muniz (PSDB) a abrir uma nova votação, desta vez em plenário, com os votos das lideranças partidárias. No entanto, a iniciativa gerou mais um embaraço no Plenário Cosme de Farias, resultando em um embate no placar para a realização do encontro.

“Se os líderes decidirem convocar, a gente convoca. Se os vereadores decidirem fazer um convite, nós faremos. A Casa é dos vereadores, quem decide são os vereadores”, disparou Muniz.

O tucano fez questão de explicar o motivo da abertura da votação pelo colégio de líderes, do qual participam os vereadores de cada partido designados para assumir a liderança da sigla na Câmara.

“Não estou aqui sendo a favor de A ou B. Quando as pessoas se sentem beneficiadas, votam de uma forma; quando se sentem prejudicadas, querem votar de outra. Eu sempre votei da mesma forma, por isso estou fazendo pelo colégio de líderes. Nenhum dos líderes será mais consultado para reuniões desse tipo, que poderão ser realizadas com qualquer secretário no lugar de outro”, acrescentou, após a votação, que foi bastante tensa e acabou empatada depois de o vereador Cesar Leite (PL) usar a prerrogativa de vice-líder da sigla na Casa

Diante do novo impasse, Muniz orientou que os líderes do governo e da oposição, vereadores Kiki Bispo (União Brasil) e Aladilce Souza (PCdoB), conversassem com os representantes da APLB para chegar a uma decisão. Ficou definido que a reunião será realizada na próxima segunda-feira (22) e que, ao longo desta semana, os secretários de Gestão e da Educação irão dialogar para alinhar os pontos do projeto. (Política Livre)

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