Lula cria comitê para avaliar sobretaxa de Trump e Bolsonaro pede anistia

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O presidente Lula determinou na noite de ontem a criação de um comitê interministerial para conversar com os setores mais afetados pela sobretaxa de 50% anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aos produtos brasileiros.

Segundo uma fonte ouvida pelo jornal Folha de S.Paulo, a decisão foi tomada após uma reunião realizada no Palácio da Alvorada da qual participaram os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, das Relações Exteriores, Mauro Vieira e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.

O presidente disse a eles que se reunirá pessoalmente com empresários para tratar do tema a partir do levantamento inicial de cada pasta. Também estiveram presentes representantes da Casa Civil, Secretaria de Relações Institucionais, Secretaria de Comunicação Social e Agricultura. Os demais ministérios deverão ser chamados para as conversas quando as discussões envolverem as suas áreas.

Já Bolsonaro admitiu pela primeira vez o impacto do tarifaço, mas insiste em anistia. Em postagem em suas redes sociais neste domingo, o ex-presidente admitiu impactos negativos da sobretaxa imposta por Donald Trump ao Brasil, mas repetiu o discurso de seus filhos ao insistir que a solução para o problema é a anistia aos condenados e indiciados pelos atos golpistas de 8 de Janeiro.

Bolsonaro escreveu que não se alegra em ver “nossos produtores do campo ou da cidade, bem como o povo, sofrer com essa tarifa de 50%”, e disse que “a solução está nas mãos das autoridades brasileiras. Em havendo harmonia e independência entre os Poderes nasce o perdão entre irmãos e, com a anistia também a paz para a economia”, completou.

Foi a primeira vez que Bolsonaro se manifestou sobre o tema. Até aqui, seus filhos Eduardo e Flávio Bolsonaro vinham comandando a ofensiva para tentar emplacar o discurso de que a anistia é a solução para evitar a taxação.

Uol

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