O presidente da Fundação Gregório de Mattos, Fernando Guerreiro, afirmou, nesta quinta-feira (26), que os bairros periféricos de Salvador são cheios de arte e cultura, mas ainda faltam apoio e espaços para que os artistas possam desenvolver seus trabalhos. A declaração foi ao ar em entrevista ao Jornal da Bahia no Ar, ao falar sobre o projeto Boca de Brasa.
“Os bairros periféricos pulsam cultura e arte em todos os cantos. Mas, falta apoio e espaço para trabalharem e desmitificarem fazerem perceber que ali não é só palco de violência e crime. A gente precisa entender que os grandes movimentos de Salvador e Bahia começaram na periferia”, afirmou.
Criado em 1986 pela Prefeitura de Salvador, o projeto Boca de Brasa busca descentralizar a produção cultural da cidade e apoiar iniciativas locais. Segundo Guerreiro, o projeto conta com 11 espaços espalhados pela cidade e ainda há a possibilidade de aumentar para 15. “Estamos fomentando iniciativas de cada região; não precisamos mudar a roda, precisa apoiar pra ela rodar”, afirmou Guerreiro. Ele também destacou o projeto tem “essa pegada de visibilizar e dar condições desses artistas possam viabilizar seus trabalhos.”
O presidente também defendeu os investimentos públicos em cultura. “A cultura representa 4% do PIB do Brasil. Precisam entender que todas as leis de incentivo, a cada real de incentivo, 10 retornam pra economia.”
A 8ª edição do Movimento Boca de Brasa será realizada entre os dias 27 e 29 de junho, com atividades culturais em vários pontos da cidade.
Metro 1