Bolsonaro era o difusor de fake news para empresários, diz PF

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A origem da correnteza de notícias falsas. Uma das mensagens enviadas em 2022 pelo então presidente Jair Bolsonaro ao empresário Meyer Nigri, fundador da Tecnisa, fala em “sangue” e “guerra civil” no caso de derrota nas eleições.

“Eu mandei para o Meyer, qual o problema? O [ministro do Supremo Tribunal Federal e então presidente do Tribunal Superior Eleitoral Luís Roberto] Barroso tinha falado no exterior [sobre a derrota da proposta do voto impresso na Câmara, em 2021], eu sempre fui um defensor do voto impresso”, disse Bolsonaro.

Reportagem de Aguirre Talento obteve acesso, com exclusividade, aos relatórios produzidos pela Polícia Federal sobre o conteúdo do celular de Nigri, que repassava as mensagens com fake news e ataques ao Judiciário a outros empresários.

“O terminal identificado como utilizado pelo presidente da República Jair Bolsonaro encaminhou diversas mensagens contendo ataques às instituições, especialmente o Supremo Tribunal Federal, ao sistema eletrônico de votação e às vacinas desenvolvidas para combate à covid-19”, afirma o relatório da PF.

Ainda em 2018, Nigri realizou jantares para apresentar Bolsonaro a empresários de São Paulo. A PF intimou o ex-presidente a depor neste inquérito em 31 de agosto. Um segundo depoimento será sobre o caso das joias recebidas de presente e vendidas, do qual vão participar, em simultâneo, a ex-primeira-dama Michelle, Mauro Cid, o pai de Mauro Cid, Mauro Lourena Cid, e o advogado Frederick Wassef.

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