Preço do ovo de Páscoa dispara e chega quase a R$ 100 nas lojas

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Faltando menos de 30 dias para a Páscoa, a movimentação para as vendas de chocolate pelos supermercados de Salvador e lojas de departamentos devem começar a crescer nos próximos dias. Este ano, o feriado se inicia com a maior expectativa dos últimos anos para a indústria de chocolate, já que as vendas de 2020 e 2021 foram enfraquecidas pelas restrições sanitárias provocadas pela pandemia. Para os amantes do chocolate, no entanto, os preços dos produtos têm assustado. Nas lojas de departamento e mercados os preços dos ovos estão altíssimos.

“O preço do chocolate, em geral, é impactado por diferentes fatores. O cacau, o açúcar e o leite, por exemplo, assim como a variação do dólar, contratações, distribuição e impostos, também influenciam na formação do preço. No caso dos ovos de Páscoa, há de se considerar um processo de produção de alta complexidade, custos de embalagem, armazenagem e logística”, explicou o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab), UbiracyFonsêca.

Levantamento da Tribuna da Bahia em algumas lojas de departamento mostram que os produtos tiveram uma alta expressiva em relação ao ano passado. Para que o investimento tenha retorno, o setor cruza os dedos e espera que o cliente não se assuste com o aumento em relação ao ano passado. Nas Lojas Americanas, por exemplo, tem chocolate custando quase R$ 100.

“Antigamente, todos os meus sobrinhos e amigos mais próximos recebiam chocolates de mim nesta época do ano. Mas desde o início da pandemia e com o aumento exorbitante dos valores em mercados eu opto por comprar ovos caseiros, feitos por microempreendedoras que divulgam seus trabalhos no Instagram. Mas ainda assim, se antes eram para todos os sobrinhos, hoje eu seleciono quem será o sorteado”, disse a estudante Vivian Pinho, 21 anos.

Com a alta, nos supermercados as vendas ainda são discretas, e os representantes das marcas começam a distribuir os ovos nas prateleiras estrategicamente montados pelas lojas a partir desta semana. “Nesta páscoa não tenho muita expectativa. Não pretendo comprar ovo nem nenhum outro produto, pois acho desnecessário diante de tantos aumentos. Vai ficar para o próximo ano”, antecipou a estudante e mãe de dois filhos Iasmin Nascimento.

Conforme a Abicab, no ano passado foram produzidas cerca de 9 mil toneladas de ovos e produtos de Páscoa. A produção demonstrou uma leve recuperação e crescimento da produção comparado a 2020, que girou em torno de 8,5 mil toneladas (aumento de 6%). Para este ano, a tendência é que a produção aumente.

“O Brasil possui uma das maiores Páscoas do mundo e pode ser celebrada de diferentes formas e sabores. Como estamos no terceiro ano da data com o cenário de pandemia, as indústrias já possuem planejamentos dentro desse cenário. Com a flexibilização do isolamento e o avanço da vacinação, há uma tendência de que o consumidor volte a presentear com os produtos sua família e amigos na data, algo tão característico desse feriado, que é comemorado com quem mais amamos”, finalizou Ubiracy Fonsêca.

Tribuna da Bahia

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